Vida nômade combina com filhos? O Moveh acredita que sim. E chamou quem entende do assunto para dar três dicas para quem quer embarcar nessa aventura
Se viajar sozinho ou em casal requer planejamento, imagine viajar com uma criança de quase 4 anos. Essa passou a ser a vida da Letícia e do Fred quando decidiram que, além de nômades, também seriam pais da Bia. Segundo Letícia, além de organizar a logística de viajar o país dentro de um motorhome, ainda é necessário conciliar a rotina com as vontades e necessidades da filha, que demanda um tempo considerável na vida dos pais.
Mas, mesmo com os desafios, Letícia não se arrepende da escolha de juntar a maternidade com a vida nômade. “No fim, você vai ver que acompanhou cada fase, fez parte da formação do caráter daquela pessoa e, sobretudo, vai ter certeza que sempre esteve perto dela”, explica. Em conversa ao Moveh, Letícia separou três dicas para conciliar esses dois desafios que estão para lá de fáceis.
- Não subestime o trabalho que a criança dá
“No começo, a gente subestimou muito o trabalho que a Bia dá. A gente tinha mil planos, projetos de trabalho e tudo mais. E logo no começo a gente já percebeu que precisava “abaixar a bola” e entendeu que não dá para fazer tudo ao mesmo tempo. A criança vai ser a maior parte do seu trabalho, não tem jeito. Ela te demanda muita antenção e cuidado. Então, a dica é: não subestime esse trabalho porque ele é grande”.
- Respire fundo e aguente o perrengue.
“Às vezes, a gente está corrido com várias coisas, precisando entregar algum trabalho, a Bia pede atenção e a gente acaba perdendo um pouco a paciência. E muitas vezes, depois desses momentos, eu paro para pensar no privilégio que é poder acompanhá-la crescer tão de perto como estamos. No modelo tradicional, em que os pais trabalham o dia todo e as crianças passam o dia na creche, você vê tão pouco o seu filho que eu considero um grande privilégio acompanhar a Bia de perto.”
- Tenha parceria
“Muitas vezes, o trabalho de cuidar dos filhos recai para as mães. E, na vida nômade, ter um parceiro(a) é fundamental. Você precisa dividir as tarefas e, se você não tem um parceiro que te acompanha e entende que o trabalho é dos dois, a coisa não flui. Você precisa de alguém que esteja com você”
